segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Terapia...

Outro dia estava em um chat (bate papo), que é um dos meus vícios, kkk e derrepente no meio de uma conversa com um homem, ele disse que estava com a auto-estima baixa, sentindo-se sozinho, carente e perdido, e não pensem que era um jovenzinho não, era um homem maduro que já passou dos 50 anos. É isso mesmo, um homem que na teoria já deveria estar seguro de si e da sua vida mas que, na prática não estava se sentindo nem um pouco seguro de nada. Ele me pediu ajuda para se sentir melhor, eu disse o que penso ser a melhor coisa para qualquer pessoa que se sinta assim fazer e perguntei: Porque não procura fazer terapia? Ele riu e disse que nunca tinha pensado nisso e que nunca disseram que ele precisava desse tipo de coisa. Aí, eu disse: Pense com carinho na possibilidade de procurar um psicólogo. Não sei se depois disso ele "caiu" ou saiu da sala de papo, talvez achando que sou doida...kkk. Infelizmente é o que a maioria das pessoas pensam. Que quem procura esse tipo de ajuda é doido, desequilibrado. Se todos ou pelo menos grande parte das pessoas tivesse um apoio desses durante a vida ou em uma fase da vida, acho que não teríamos tantas pessoas infelizes consigo mesmas, com suas vidas e com os outros.
Hoje, faço terapia pela segunda vez, e posso dizer que das duas vezes valeram a pena. Na primeira, consegui colocar certas questões em ordem e agora estou conseguindo colocar outras no lugar. Não vou falar que é fácil você remexer em coisas que você não tem nem consciência e que quando vem à tona te dá um nó interno que só com a continuidade do processo terapêutico para que consiga "digerir" tantas "novidades" a seu respeito. Eu procurei pela segunda vez esse tipo de ajuda não só para cuidar de novo da minha auto-estima que voltou a ficar abalada por questões emocionais/sentimentais ocorridas anos atrás, mas também para tentar descobrir o porquê de eu não ter interesse pela vida prática, para saber porque não consigo me interessar, me "apaixonar verdadeiramente" por nada. Eu ainda estou nesse processo de descoberta mas o que já tem sido levantado como possível causa garanto a vocês que não está sendo fácil de "trabalhar". Teria a ver com a separação de meus pais, o fato pode ter me atingido mais do que sempre pensei. Por me sentir abandonada por meu pai, inconscientemente não vi mais porque fazer nada para agradá-lo, já que perdi " meu herói", então perdi a vontade de ser "sua princesinha" e me fechei totalmente. Mas como isso ainda são suspeitas vou deixar quieto por enquanto ok. Vou falar do que já está descoberto, certo e definido. Perdi o medo de ficar só. Isso mesmo, não sou mais criança, mas desde a infância, a idéia de ficar só durante um dia que fosse, a idéia de dormir sozinha, então, me apavoravam, mas isso passou e isso pude comprovar passando uma semana só, pois minha mãe viajou e só pediu que uma prima minha e meu irmão viessem dormir comigo por medo que eu passasse mal e não conseguisse ligar para pedir socorro. O que importa é que passei os dias sozinha sem me sentir insegura em momento algum, cuidando de todos os detalhes do andamento da casa. Agora ela voltou, voltamos para nossa rotina mas com certeza não sou mais a mesma.


Obs: Para quem não tem condição financeira pode procurar faculdades de psicologia, associações e instituições ligadas à deficientes que o atendimento é gratuito ou com valor mínimo.


Autoria: Isaleao.

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