segunda-feira, 25 de abril de 2011

Obrigada, colega!

Quem me conhece sabe que, hoje, não levo ( ou não trago...rs) desaforos para casa.
Mas nem sempre foi assim. Já fui muito magoada, machucada emocionalmente falando desde a infância até a adolescência. Já tive colegas que riram de mim, professores que me cobravam além do que eu podia fazer. Mas, hoje, vou falar de uma colega em especial, que foi da minha sala por 4 anos. Não vou citar o nome dela, mas com certeza não vou esquecer nunca. Tudo começou com risinhos, coxixos, olhares atravessados, intrigas entre colegas, chegando a acusação de roubo de dinheiro de uma professora, ameaça de "porrada" nos corredores vazios no final da aula. Passei 4 anos tentando entender o porque de tanta implicância e, ao mesmo tempo, tendo que aprender a me "defender". Foi daí que comecei a aprender a responder a cada ato de implicância, a cada comentário maldoso a meu respeito. Não foi fácil, chorei muitas vezes sozinha, fechada em meu quarto ou embaixo do chuveiro, até começar a me fortalecer para revidar tudo aquilo.
Por que tanta implicância? Será que é porque eu era "diferente", porque ela tinha raiva do meu jeito de ser? Amiga e carinhosa com todos, eu era, graças a Deus, querida da diretora do colégio até o pessoal da faxina.
Era por tudo isso e por ciúmes dos rapazes da sala ( não, eu não sou poderosa e nem gostosa a ponto de tê-los aos meus pés...rs), mas como "brinco" sempre, não posso dizer que não encontro homens cavalheiros, pois, por minha condição física, sempre encontro aqueles, que abrem a porta para mim, ajeitam uma cadeira, cedem o lugar para eu sentar...kkk
E com aqueles rapazes não era diferente. Isso causou um enorme ciúme nela que estava acostumada a ser bajulada, cortejada o tempo todo. Tentei conversar, mostrar que não estava tirando a atenção dela, só precisava de um pouco de ajuda. Mas, hoje, eu até agradeço o que ela fez, pois além de me fortalecer emocionalmente, levou-me a parar para "estudar" como ser mais independente em certas situações, como: puxar uma cadeira usando o pé do andador, abrir uma porta encostando-me na parede ou fazer isso e outras coisas ajoelhada no chão.
Muito obrigada, colega.


Autoria: Isaleão.

Só você sabe...

Todos nós temos sonhos, desejos, sofrimentos, angustias...
Por que, às vezes, pensamos que o que sentimos ou queremos é maior ou mais importante do que o do outro?
Não importa qual seja o seu desejo ou o desejo do outro, ambos tem seu valor, sua importância na vida de cada um.
Você quer uma viagem, ele quer um carro para não ter que pegar mais ônibus, ela quer casar, ele quer um emprego melhor, ela quer um vestido novo...
Cada um tem o direito de sonhar e lutar por aquilo que deseja, que sonha.
Às vezes, os sonhos dependem somente de nossa força de vontade, de nossa energia para realizá-los. Outras vezes, é necessário que outra pessoa sonhe junto para que realizemos os sonhos.
O mais importante é não desistir de nossos sonhos por mais difícil que possa parecer realizá-los.
Não importa o que os outros falem ou até façam para te derrubar, para te desestimular. Siga em frente acreditando.
Nem que pareça um bobo, sonhador. Continue acreditando e fazendo de tudo que estiver ao seu alcance pois só você sabe do que precisa para ser feliz e se sentir realizado.


Autoria: Isaleão.

Homem se acha o máximo.

Homem se acha o máximo porque tem força física, tem carro, celular, televisor, computador de última geração. Mas se acham umas "porcarias" (para não dizer outra palavra mais baixa...rs), meio homens, quando o que tem entre as pernas não funciona direito ou simplesmente não funciona. Eles se acham o máximo, poderosos, mas não passam de crianças imaturas. Pensam que a mulher não vai sentir atração, desejo, tesão por eles se não conseguirem a "tão esperada" penetração. Será que em pleno século 21, eles não percebem que tem outras maneiras de dar prazer a uma mulher? Um corpo masculino não se resume a um pênis e um corpo feminino não se resume a uma vagina, rapazes...
Vocês podem usar as mãos, a boca (com beijos, mordidinhas, lambidas) e percorrer por todo nosso corpo (seios, orelhas, pescoço, barriga, coxas, pés) e até a vagina, sem ter que penetrá-la com um pênis.
Não sou nenhuma expert no assunto, mas "teoria" acho que todos nós entendemos um pouco não é não? rsrsrs.
Não é porque você, homem, tem alguma disfunção erétil (para usar uma expressão médica mais apropriada) seja uma deficiência física ou não, que não poderá explorar o corpo de sua companheira, e com isso dar muito prazer a ela.
Ser homem é muito mais do que ter um pênis ereto, é, sim, saber conhecer a mulher que está ao seu lado, conversar com ela sobre o que é possível vocês dois conseguirem juntos para encontrarem a realização e a felicidade mútuas.
Pensem nisso e não tenham medo de amar. Nós mulheres agradecemos, rsrs...


Autoria: Isaleão.

Será que somos invisíveis?

Às vezes me pergunto se nós deficientes somos invisíveis, pois a impressão que tenho é que somos, sim. Não falo só pela falta de acessibilidade existente em nossas cidades, mas na falta de acessibilidade da sociedade em si, das outras pessoas em relação a nós. Preconceito e falta de informação ainda existem, e são vividos frequentemente por nós. Mas há também uma enorme falta de interesse das pessoas ditas "normais" em nos conhecer, em conhecer nossas dificuldades, nosso dia a dia, nossas limitações, como, também, nossas alegrias, nossas vitórias. Quantas vezes, eu já passei pela situação de estar num shopping sozinha, e as pessoas passando por mim sem nem me notar, esbarrando na cadeira de rodas, batendo bolsa em mim, sem ao menos virar e dizer "me perdoa".
Outra situação frequente, é em sala de bate papo, onde o papo acontece naturalmente, até a hora em que vem a pergunta: Como você é fisicamente? Pronto! já sei que o rumo da conversa vai mudar, deixo de ser uma forte candidata a "namorada", "ficante", "amante" para me transformar numa simples "amiga de infância"(melhor amiga) ou "apenas mais uma com quem ele tc".
Gente, não somos apenas deficientes, somos pessoas com uma história de vida, sonhos, medos, desejos e realizações como qualquer "andante" ou "normal" que esteja do outro lado da tela do PC.
Acho incrível quando leio: "Ah! mas, apesar disso, você é feliz, não é?, "Poxa! dever ser tão difícil", " Não sei tc com uma pessoa como você".
Pelo amor de Deus! as pessoas têm que parar de pensar e agir como se um deficiente fosse um E.T ou um ser sem vida. Temos limitações, mas podemos interagir com pessoas que não as tenham. O que precisamos somente é sermos vistos, notados e ouvidos para que consigamos viver numa sociedade realmente justa para todos. Se as coisas são complicadas para todos, imagina para nós...
É acessibilidade, emprego, estudo, qualificação, relacionamento amoroso, enfim, não é fácil ser deficiente seja qual for a deficiência, e tornar-se mais complicado porque temos sempre que nos fazer notar, seja de que maneira for.
Só falta usarmos um letreiro luminoso com a frase: Estou aqui, eu existo, olhe para mim como olha para qualquer outra pessoa.
Isso tem melhorado mas ainda há muito que melhorar. Deficientes são capazes de estudar, se qualificar, trabalhar, amar. Basta que a sociedade como um todo nos enxerguem e nos dê condições para que consigamos tudo isso. Às vezes ouço: tem emprego mas não tem deficiente qualificado para tal vaga. Por que não tem? Porque não teve condições físicas, acessibilidade para estudar e se qualificar.
"Ah! se você sair mais, será mais vista e encontrará alguém que goste de você" Bobagem, não adianta estar na rua e as pessoas terem medo de te olhar ou olharem de canto de olho para que a gente não perceba. É preciso melhorar a acessibilidade arquitetônica das cidades e a acessibilidade emocional das pessoas "normais", para quebrar as dificuldades entre elas e nós.
Espero, sinceramente, que chegue o dia em que vivamos num mundo realmente acessível, e que todos consigam se enxergar de verdade. Para isso é necessário uma mudança total de comportamento, pensem nisso.


Autoria: Isaleão.

Sexo forte???

Desde que o mundo é mundo, que o homem é visto como o sexo forte, o protetor, o provedor, o machão, que dominava a mulher: mas isso vem mudando com o passar do tempo. Hoje, o homem divide o sustento da casa com a mulher que trabalha fora, divide as tarefas domésticas, o cuidado com os filhos. Outro comportamento que está mudando no homem é o sexual. Hoje, há muitos homens que são submissos às mulheres abrindo até mão do seu próprio prazer para satisfazer o prazer feminino, ou pelo menos dando prioridade ao prazer da mulher.
São chamados de submissos ou escravos. As mulheres, para esses homens, são vistas como superiores e por essa razão são chamadas de : Dona, Senhora, Rainha, Soberana. Eles sentem prazer em apanhar, em serem humilhados, xingados, subjulgados psicologicamente, controlados nas mínimas vontades e desejos, e até mesmo torturados, tudo isso para que a mulher se sinta realizada. Antigamente, a mulher não tinha direito a sentir prazer.
Será que isso é mais um ponto adequirido na equiparação entre homens e mulheres já que nós fomos escravas (embora ainda existam muitas de nós que preferem esse papel) do prazer masculino durante tanto tempo, ou é a confirmação da soberania feminina sobre os homens mesmo? kkk
Coisa a se pensar, não é mesmo?


Autoria: Isaleão.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Semana Santa

Espero que todos os meus amigos e seguidores tenham uma ótima Semana Santa, com muita paz, amor, harmonia, que foram alguns dos ensinamentos de Jesus Cristo.
E que nessa Páscoa, festegem com toda família com muita felicidade e união.
Beijos em todos.

Autoria: Isaleão.