terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Bela e a Fera

Nesse fim de semana, voltei à minha infância assistindo à estória "A Bela e a Fera" na tv. Não sou mais criança, e nem gostaria de voltar a ser, mas adoro ver filmes de animação e alguns desenhos que me relembrem essa fase da minha vida. E essa estória " A Bela e a Fera " sempre foi a minha preferida, o motivo só vim ter consciência, na adolescência, é que ela mostra que devemos olhar, gostar, amar as pessoas além da sua aparência. Quantas vezes, quando pensamos em ter um namorado (a) pensamos : quero uma pessoa bonita, carinhosa, companheira, com bom humor, simpática.
Gente, coitados dos feios (as)! Será que eles só podem ser e ter amigos (as), não têm o direito de amarem e serem amados (as)?
Essa cobrança da nossa sociedade pela busca do belo, do perfeito, é horrível!
Quem foge aos padrões de beleza (magro, branco, olhos claros, cabelos lisos) é um monstro, uma "fera" ?
O homem tem que ser alto, barriga de "tanquinho", pernas grossas. A mulher, corpo violão, seios e bunda empinados e durinhos. Quem tem barriguinha de chopp, é careca, tem celulite e estrias, não tem direito a um amor? Pior se torna essa imagem do "perfeito", quando a cobrança vem para nós deficientes. Calma, não estou dizendo que nós deficientes somos feios, mesmo porque eu não sou...kkk. Mas muitos têm pernas e pés defeituosos, cicatrizes, andam tortos, numa cadeira de rodas, são cegos, não tem controle dos movimentos do rosto e corpo. Coisas, que aos olhos preconceituosos da sociedade, são vistas como "feio" e isso atrapalha que nos enxerguem de verdade, que percebam que, em cada um de nós, existe um ser humano, uma pessoa que pode e quer amar e ser amada, como qualquer gostosona ou qualquer malhado de academia. E é isso que a estória " A Bela e a Fera " nos mostra, que precisamos muitas vezes conhecer a "fera" que vemos no outro, para conseguirmos enxergar o quanto aquela pessoa pode ser " bela ".



Autoria: Isaleão.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reações Diferentes

Como vocês meus amigos e seguidores já sabem, eu sou viciada em internet: chats, orkut, blogs, enfim tudo que me faça conhecer pessoas novas, experiências diversas. Com isso, vou vendo e aprendendo como cada um lida com a sua realidade, eu vou me comparando ou não, a cada um.
É interessante conhecer, não só deficiências novas, com suas sequelas diferenciadas, como também, conhecer pessoas com a minha deficiência, mas que tenham sequelas parecidas ou não às minhas. Mas interessante, é conhecer o emocional dessas pessoas, pois, não importa se a pessoa nasce deficiente ou se torna um, para que haja a revolta ou a aceitação. O que quero falar com isso? Explico: conheço pessoas que nasceram deficientes, como eu, e que são super revoltadas, tem raiva do mundo, e outras que levam a vida como se tivessem numa eterna brincadeira. Por outro lado, também conheço pessoas que se tornaram deficientes, seja por doença, acidente, assalto, que também agem das duas maneiras, aceitando ou se revoltando.
Claro que é super natural as perguntas: Por que comigo? O que eu fiz para que isso tenha acontecido comigo? Mas o que me pergunto às vezes é: Adianta se revoltar? Adianta acusar o outro? Adianta se revoltar contra Deus? Eu, sinceramente, acho que não.
É difícil ser deficiente? É sim. Muitas vezes é muito doloroso, não só fisicamente, quanto emocionalmente, eu sei disso. Muitos de nós convivem com dores físicas todos os dias, com dores emocionais constantemente a cada situação de preconceito.
Mas se a gente baixar a cabeça, se ficarmos nos lamentando, as dores vão passar? O preconceito vai acabar? Não, amigos, nada disso mudará. Então, por favor, repensem suas posturas em relação às suas deficiências, corram atrás da melhora ou mesmo cura, se esse for o caso, mas para os que não tem cura, procurem viver da melhor forma possível, aceitando suas limitações, buscando apoio emocional, quando possível e necessário, aceitando ajuda de órteses, proteses, aparelhos ou cadeira de rodas, também se necessário, para sua melhor qualidade de vida. E, principalmente, não descontem suas frustrações no próximo ou em Deus. As pessoas ao seu redor podem te ajudar, dando condições de você ter uma vida mais feliz e cheia de amor, amizade e carinho, e Deus está ao nosso lado, sempre, pois ELE é o nosso PAI MAIOR. ELE não faz nada contra nós, apenas permite que aconteça para que aprendamos algo.
Joguem fora a revolta, a auto piedade, isso não leva a nada.



Autoria: Isaleão.

Liberdade ou prisão?

Alguns pensam nela como prisão, outros como liberdade. Eu pensava nela com certa resistência até usá-la pela primeira vez. Aí mudei minha visão e passei a vê-la como liberdade, autonomia para fazer muitas coisas sozinha, como por exemplo: carregar coisas no colo, carregar minha cadelinha, sair sozinha ou mesmo acompanhada, conseguir acompanhar mais de perto quem está comigo, ser mais rápida em certas situações pois com o andador eu não consigo ser rápida, correr. Um fato que me marcou quando comecei a usá-la, foi quando fui ao shopping a primeira vez com minha mãe. Não gente, não foi a primeira vez que fui ao shopping com ela mas foi a primeira vez que consegui acompanhá-la às compras, pois, antes eu ia e ficava sentada num banco ou na praça de alimentação. Só me dei conta do que estava acontecendo quando ouvi minha mãe dizer: Poxa estou feliz pois é a primeira vez que estou fazendo compras com a minha filha.
Eu sei que para aqueles que não conseguem " tocá-la " sozinhos, ela pode parecer uma prisão, mas mesmo vocês, parem para pensar no seguinte: e se eu não tivesse ela para me levar para passear, para o médico ou mesmo para tomar um ar na frente de casa, o que seria de mim em cima de uma cama a vida toda?
Mas para aqueles que conseguem andar, seja com andador, muletas, bengalas, ela não deve ser vista como prisão, como acomodação ou retrocesso na nossa deficiência, ela deve ser vista, sim, como mais uma aliada à nossa independência e liberdade de ir e vir.
Tenho amigos, que como eu, ainda conseguem andar, mas que preferiram ficar nela ou ficar mais tempo nela por opção, por serem mais cômodas do que ficarmos cansando á toa. Tenho amigos que sabem que o dia de usá-la está chegando, mas têm o medo que falei acima, o medo de ficarem " aprisionados ", vistos como acomodados, preguiçosos.
Eu posso dizer por experiência própria, ela não aprisiona, não te deixa mais acomodado, mais preguiçoso, se você mesmo já não for prisioneiro dos seus medos, não te deixa mais acomodado ou preguiçoso, se isso já não fizer parte da sua personalidade.
Pensem nisso...
Mas afinal de conta, quem é "ela" a quem me refiro nesse texto? Será que vocês já sabem quem é? Acho que sim né...rsrsrs. Mas mesmo assim eu vou falar, vai que tem algum distraído, desatento não é mesmo?
Eu estou falando da cadeira de rodas.
Agora você me diz: ela é prisão ou liberdade em sua vida?



Autoria: Isaleão.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O homem da minha vida.

Há muito tempo quero falar dele, mas não sabia como faria, por que, simplesmente, ele é o " homem da minha vida ". O homem que eu mais amo, por quem eu tenho o maior orgulho.
Por que esse orgulho todo? Porque esse homem tomou sua vida nas mãos muito cedo, estudou, formou-se, começou a trabalhar cedo, correu e corre atrás dos seus objetivos, com uma capacidade que poucos tem.
Esse homem é um profissional reconhecido em seu meio, é um amigo querido por todos, é amado e admirado por sua família.
Temos mundos diferentes no que diz respeito a certos gostos pessoais, temos estilos de vida diferentes. Mas há algo que nos une, que nada faz com que estejamos totalmente afastados um do outro. O amor. Um amor que, mesmo quando ele resolveu morar em outra cidade, diminuiu ou acabou. Um amor que, nem com os desentendimentos, que acontecem, às vezes, entre aqueles que se amam, deixou de existir.
Já cheguei a sofrer muito com a ausência física desse homem e ainda sinto muito sua falta, mas o que me consola, é saber que ele está bem, que está feliz e que o afastamento é somente físico, pois por laços emocionais e de sangue estamos ligados por toda a vida.
Quem é afinal o homem da minha vida? Vocês devem estar curiosos para saber, se é que já não descobriram né?...rsrsrs.
O homem da minha vida é meu irmão. O homem que mais amo, o orgulho da minha vida.
Amor ( é assim que o chamo ), saiba que estarei sempre aqui pedindo a Deus que te proteja e ilumine sempre seu caminho, para que continue a brilhar sempre em todos os momentos da sua vida.
Te amo, beijo da sua Nymphs ( é assim que ele me chama ).



Autoria: Isaleão.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Hoje, eu me gosto muito mais, porque me conheço muito mais também...

Há quem diga: " Eu adoraria voltar à minha infância, à minha adolescência...". Pois eu não gostaria não, e nem gostaria de voltar a ser a Marisa de anos atrás.
Por que isso? Porque até um ano atrás, eu estava perdida em dúvidas sobre coisas que eu queria para a minha vida, estava mergulhada em mágoas, revoltas e arrependimentos.
O que mudou? Muita coisa dentro de mim.
Como eu consegui isso? Mergulhando fundo dentro de mim, dentro da minha história de vida. Esse mergulho não foi nada fácil, na maioria das vezes, mas eu não estava sozinha, tinha uma pessoa que me ajudava e guiava a cada mergulho.
Essa pessoa foi minha terapeuta. Pois é, já comentei aqui que estava fazendo terapia psicológica e essa foi a ajuda, o apoio que eu tive nesse mergulho difícil mas necessário. Necessário para que eu entendesse e aceitasse coisas que vivi e senti em várias fases da minha vida até esse momento.
Relacionamentos familiares, vida sentimental e o principal, minha relação comigo mesma. Às vezes, crescemos mantendo um certo tipo de comportamento, com algumas idéias fixas, mas não temos consciência do quanto aquilo tudo nos afeta, nos aprisiona em algo que só nos faz mal.
Com a terapia, consegui enxergar tudo o que me machucava e que eu não tinha coragem de mexer por medo de não aguentar: minha visão errada quanto a meu pai biológico e meu paidrasto, minha vida sentimental, sempre procurando homens complicados, inacessíveis a um sentimento verdadeiro. Percebi que criei, ao meu redor, um muro, para não ter que abrir mão de conceitos e atitudes que, mesmo me machucando inconscientemente, mantinham-me viva.
Fez-me deixar de lado um personagem que criei para conseguir viver nesse mundo real. O personagem da menina carinhosa, feliz o tempo todo, disposta a ajudar a todos que me procurassem, sem mostrar que eu não era tão feliz assim, que eu também preciso de ajuda ( o colo que dou também quero e preciso às vezes, sabiam?), pois sou humana também.
Hoje, com certeza, eu digo que sou uma Marisa muito mais feliz e muito mais inteira.
Como minha terapeuta diz: Você não vai sair da terapia sem voltar a chorar, sofrer, decepcionar-se como a maioria acredita...Com certeza sei que não virei uma heroína imune ao sofrimento, mas vou conseguir passar por tudo, hoje, sabendo que não vou morrer, que vou me reerguer se tiver um momento difícil.
Por que tenho essa certeza, hoje? Porque, hoje, eu me gosto muito mais, porque me conheço muito mais também.
Alguns erros do passado não terei chance de corrigir, mas outros, com certeza, não repetirei.
Ainda ficaram alguns pontos em aberto, mas porque eu não consegui me abrir para deixar certas motivações entrarem em mim.
Quem sabe, daqui a um tempo terei que fazer terapia, pela terceira vez, para cuidar do que ainda ficou inacabado?!!!
O que eu posso dizer é que esse ano para mim, foi muito importante, para colocar muito da minha vida em pratos limpos e com isso conhecer a verdadeira Marisa, sem personagens, sem máscaras, sem medo de fazer escolhas e ser feliz da melhor maneira possível.
Obrigada, Dani, pelos empurrões e pela mão estendida.
Valeu cada mergulho e cada volta à tona.



Autoria: Isaleão.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O que você faz para sair do tédio?

Há dias em que a gente não tem nada para fazer. Você olha para um lado, olha para o outro, está com tudo arrumado: casa limpa, roupa e louça lavadas, filhos no colégio ou na rua brincando, começa a sentir uma agonia, um vazio, um tédio.
O que eu vou fazer para sair disso? Pois é, o que você faz para sair do tédio? Uns pegam livro para ler, outros vão ver televisão, alguns saem para a porta de casa e procuram um vizinho para conversar, outros, simplesmente, sentam na calçada e ficam vendo o tempo passar. Quem tem acesso, entra na internet para "teclar" com alguém pelo msn, chat, ou vai fazer uma pesquisa qualquer, ver notícias nos jornais virtuais. Outros ligam para alguém, um parente, um amigo. E ainda tem aqueles que simplesmente voltam para a cama, ficam olhando para o teto, esperando aquela sensação "de nada" passar.
Eu faço algumas opções acima citadas...rsrs
E você, o que faz quando está com tédio?



Autoria: Isaleão.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mundo cor de rosa.

Todos nós passamos por momentos difíceis na vida. Decepções, frustrações, sensação de fracasso...Eu já passei por tudo isso e sofri muito.
Já me decepcionei com amizades, familiares, já tive inúmeras desilusões amorosas. Tudo isso me machucou, fez-me ficar mais fechada para as pessoas, mas também me fez crescer e amadurecer.
Essas decepções me fizeram enxergar que não vivemos num mundo cor de rosa, que acreditamos existir quando somos crianças. Papai e mamãe não são o Super - Homem e a Mulher Maravilha, nossos amigos não são inseparáveis, nossos amores não são príncipes e princesas.
Enfim, nossa vida não é um comercial de margarina. As pessoas tem qualidades, mas também tem defeitos e você também os têm (qualidades e defeitos ).
O que é preciso fazer para se viver no mundo real e não numa história de contos de fadas? Enxergar as coisas e as pessoas como realmente são.
Papai, mamãe, família, amigos, amores, todos são seres humanos e são passíveis de erro.
Ninguém é obrigado a dar o que você "acredita" merecer e ter. Ninguém é obrigado a dar o que você está disposto a oferecer. Cada um dá aquilo que tem. Não é nada fácil, às vezes, você tomar essa consciência, mas é necessário, para que você consiga viver de forma mais completa.
As dores, as mágoas, as lembranças sofridas, vão continuar pois não existe "borracha" para apagar isso, mas se você conseguir enxergar as coisas como são, mesmo com certo sofrimento, e sabendo que vai levar tempo para que tudo fique no seu devido lugar, vai se sentir com certeza mais leve e mais feliz.
É difícil encarar certas verdades de cara limpa? É sim. Mas é necessário. Se sentir necessidade disso, faça. Se já estiver nesse processo, aguente firme até o fim, você verá que muita coisa se resolve por si, dentro de você, trazendo mais tranquilidade e paz interior.
É tão bom "crescer"...



Autoria: Isaleão.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Obrigada, colega!

Quem me conhece sabe que, hoje, não levo ( ou não trago...rs) desaforos para casa.
Mas nem sempre foi assim. Já fui muito magoada, machucada emocionalmente falando desde a infância até a adolescência. Já tive colegas que riram de mim, professores que me cobravam além do que eu podia fazer. Mas, hoje, vou falar de uma colega em especial, que foi da minha sala por 4 anos. Não vou citar o nome dela, mas com certeza não vou esquecer nunca. Tudo começou com risinhos, coxixos, olhares atravessados, intrigas entre colegas, chegando a acusação de roubo de dinheiro de uma professora, ameaça de "porrada" nos corredores vazios no final da aula. Passei 4 anos tentando entender o porque de tanta implicância e, ao mesmo tempo, tendo que aprender a me "defender". Foi daí que comecei a aprender a responder a cada ato de implicância, a cada comentário maldoso a meu respeito. Não foi fácil, chorei muitas vezes sozinha, fechada em meu quarto ou embaixo do chuveiro, até começar a me fortalecer para revidar tudo aquilo.
Por que tanta implicância? Será que é porque eu era "diferente", porque ela tinha raiva do meu jeito de ser? Amiga e carinhosa com todos, eu era, graças a Deus, querida da diretora do colégio até o pessoal da faxina.
Era por tudo isso e por ciúmes dos rapazes da sala ( não, eu não sou poderosa e nem gostosa a ponto de tê-los aos meus pés...rs), mas como "brinco" sempre, não posso dizer que não encontro homens cavalheiros, pois, por minha condição física, sempre encontro aqueles, que abrem a porta para mim, ajeitam uma cadeira, cedem o lugar para eu sentar...kkk
E com aqueles rapazes não era diferente. Isso causou um enorme ciúme nela que estava acostumada a ser bajulada, cortejada o tempo todo. Tentei conversar, mostrar que não estava tirando a atenção dela, só precisava de um pouco de ajuda. Mas, hoje, eu até agradeço o que ela fez, pois além de me fortalecer emocionalmente, levou-me a parar para "estudar" como ser mais independente em certas situações, como: puxar uma cadeira usando o pé do andador, abrir uma porta encostando-me na parede ou fazer isso e outras coisas ajoelhada no chão.
Muito obrigada, colega.


Autoria: Isaleão.

Só você sabe...

Todos nós temos sonhos, desejos, sofrimentos, angustias...
Por que, às vezes, pensamos que o que sentimos ou queremos é maior ou mais importante do que o do outro?
Não importa qual seja o seu desejo ou o desejo do outro, ambos tem seu valor, sua importância na vida de cada um.
Você quer uma viagem, ele quer um carro para não ter que pegar mais ônibus, ela quer casar, ele quer um emprego melhor, ela quer um vestido novo...
Cada um tem o direito de sonhar e lutar por aquilo que deseja, que sonha.
Às vezes, os sonhos dependem somente de nossa força de vontade, de nossa energia para realizá-los. Outras vezes, é necessário que outra pessoa sonhe junto para que realizemos os sonhos.
O mais importante é não desistir de nossos sonhos por mais difícil que possa parecer realizá-los.
Não importa o que os outros falem ou até façam para te derrubar, para te desestimular. Siga em frente acreditando.
Nem que pareça um bobo, sonhador. Continue acreditando e fazendo de tudo que estiver ao seu alcance pois só você sabe do que precisa para ser feliz e se sentir realizado.


Autoria: Isaleão.

Homem se acha o máximo.

Homem se acha o máximo porque tem força física, tem carro, celular, televisor, computador de última geração. Mas se acham umas "porcarias" (para não dizer outra palavra mais baixa...rs), meio homens, quando o que tem entre as pernas não funciona direito ou simplesmente não funciona. Eles se acham o máximo, poderosos, mas não passam de crianças imaturas. Pensam que a mulher não vai sentir atração, desejo, tesão por eles se não conseguirem a "tão esperada" penetração. Será que em pleno século 21, eles não percebem que tem outras maneiras de dar prazer a uma mulher? Um corpo masculino não se resume a um pênis e um corpo feminino não se resume a uma vagina, rapazes...
Vocês podem usar as mãos, a boca (com beijos, mordidinhas, lambidas) e percorrer por todo nosso corpo (seios, orelhas, pescoço, barriga, coxas, pés) e até a vagina, sem ter que penetrá-la com um pênis.
Não sou nenhuma expert no assunto, mas "teoria" acho que todos nós entendemos um pouco não é não? rsrsrs.
Não é porque você, homem, tem alguma disfunção erétil (para usar uma expressão médica mais apropriada) seja uma deficiência física ou não, que não poderá explorar o corpo de sua companheira, e com isso dar muito prazer a ela.
Ser homem é muito mais do que ter um pênis ereto, é, sim, saber conhecer a mulher que está ao seu lado, conversar com ela sobre o que é possível vocês dois conseguirem juntos para encontrarem a realização e a felicidade mútuas.
Pensem nisso e não tenham medo de amar. Nós mulheres agradecemos, rsrs...


Autoria: Isaleão.

Será que somos invisíveis?

Às vezes me pergunto se nós deficientes somos invisíveis, pois a impressão que tenho é que somos, sim. Não falo só pela falta de acessibilidade existente em nossas cidades, mas na falta de acessibilidade da sociedade em si, das outras pessoas em relação a nós. Preconceito e falta de informação ainda existem, e são vividos frequentemente por nós. Mas há também uma enorme falta de interesse das pessoas ditas "normais" em nos conhecer, em conhecer nossas dificuldades, nosso dia a dia, nossas limitações, como, também, nossas alegrias, nossas vitórias. Quantas vezes, eu já passei pela situação de estar num shopping sozinha, e as pessoas passando por mim sem nem me notar, esbarrando na cadeira de rodas, batendo bolsa em mim, sem ao menos virar e dizer "me perdoa".
Outra situação frequente, é em sala de bate papo, onde o papo acontece naturalmente, até a hora em que vem a pergunta: Como você é fisicamente? Pronto! já sei que o rumo da conversa vai mudar, deixo de ser uma forte candidata a "namorada", "ficante", "amante" para me transformar numa simples "amiga de infância"(melhor amiga) ou "apenas mais uma com quem ele tc".
Gente, não somos apenas deficientes, somos pessoas com uma história de vida, sonhos, medos, desejos e realizações como qualquer "andante" ou "normal" que esteja do outro lado da tela do PC.
Acho incrível quando leio: "Ah! mas, apesar disso, você é feliz, não é?, "Poxa! dever ser tão difícil", " Não sei tc com uma pessoa como você".
Pelo amor de Deus! as pessoas têm que parar de pensar e agir como se um deficiente fosse um E.T ou um ser sem vida. Temos limitações, mas podemos interagir com pessoas que não as tenham. O que precisamos somente é sermos vistos, notados e ouvidos para que consigamos viver numa sociedade realmente justa para todos. Se as coisas são complicadas para todos, imagina para nós...
É acessibilidade, emprego, estudo, qualificação, relacionamento amoroso, enfim, não é fácil ser deficiente seja qual for a deficiência, e tornar-se mais complicado porque temos sempre que nos fazer notar, seja de que maneira for.
Só falta usarmos um letreiro luminoso com a frase: Estou aqui, eu existo, olhe para mim como olha para qualquer outra pessoa.
Isso tem melhorado mas ainda há muito que melhorar. Deficientes são capazes de estudar, se qualificar, trabalhar, amar. Basta que a sociedade como um todo nos enxerguem e nos dê condições para que consigamos tudo isso. Às vezes ouço: tem emprego mas não tem deficiente qualificado para tal vaga. Por que não tem? Porque não teve condições físicas, acessibilidade para estudar e se qualificar.
"Ah! se você sair mais, será mais vista e encontrará alguém que goste de você" Bobagem, não adianta estar na rua e as pessoas terem medo de te olhar ou olharem de canto de olho para que a gente não perceba. É preciso melhorar a acessibilidade arquitetônica das cidades e a acessibilidade emocional das pessoas "normais", para quebrar as dificuldades entre elas e nós.
Espero, sinceramente, que chegue o dia em que vivamos num mundo realmente acessível, e que todos consigam se enxergar de verdade. Para isso é necessário uma mudança total de comportamento, pensem nisso.


Autoria: Isaleão.

Sexo forte???

Desde que o mundo é mundo, que o homem é visto como o sexo forte, o protetor, o provedor, o machão, que dominava a mulher: mas isso vem mudando com o passar do tempo. Hoje, o homem divide o sustento da casa com a mulher que trabalha fora, divide as tarefas domésticas, o cuidado com os filhos. Outro comportamento que está mudando no homem é o sexual. Hoje, há muitos homens que são submissos às mulheres abrindo até mão do seu próprio prazer para satisfazer o prazer feminino, ou pelo menos dando prioridade ao prazer da mulher.
São chamados de submissos ou escravos. As mulheres, para esses homens, são vistas como superiores e por essa razão são chamadas de : Dona, Senhora, Rainha, Soberana. Eles sentem prazer em apanhar, em serem humilhados, xingados, subjulgados psicologicamente, controlados nas mínimas vontades e desejos, e até mesmo torturados, tudo isso para que a mulher se sinta realizada. Antigamente, a mulher não tinha direito a sentir prazer.
Será que isso é mais um ponto adequirido na equiparação entre homens e mulheres já que nós fomos escravas (embora ainda existam muitas de nós que preferem esse papel) do prazer masculino durante tanto tempo, ou é a confirmação da soberania feminina sobre os homens mesmo? kkk
Coisa a se pensar, não é mesmo?


Autoria: Isaleão.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Semana Santa

Espero que todos os meus amigos e seguidores tenham uma ótima Semana Santa, com muita paz, amor, harmonia, que foram alguns dos ensinamentos de Jesus Cristo.
E que nessa Páscoa, festegem com toda família com muita felicidade e união.
Beijos em todos.

Autoria: Isaleão.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tsunami Emocional

Nossa vida é cheia de altos e baixos: uma hora está tudo tranquilo; família, trabalho, amigos e amores...mas, aí de repente, parece que entramos numa onda gigantesca, num tsunami emocional, e tudo vira de cabeça para baixo!
Você se sente pressionado por todos os lados, entra num baixo astral, um desânimo toma conta do seu ser. Cada pessoa reage de uma maneira. Algumas tentam reagir "nadando" contra a corrente, outras se entregam e deixam a corrente as levar para onde ela quiser. Os que lutam para sair dessa fase complicada procuram tentar resolver cada problema, colocar cada coisa no seu lugar, seja sozinho ou com ajuda especializada, e os que se deixam levar por esse "tsunami", são os que podem sofrer mais, pois além dos problemas acima citados, ainda podem entrar por caminhos muito perigosos, como o das drogas, do crime e da prostituição. Na minha opinião, o melhor caminho para quem entra em um "tsunami emocional" é procurar ajuda, seja de um amigo, da família ou de algum profissional e não estou falando só de psicólogo ou psiquiatra mas também de profissionais de outras áreas: terapias orientais, holísticas. O que importa é que, de uma maneira ou de outra, quem está nessa situação não pode desistir de lutar para sair dela, não pode desistir do bem maior que temos: A VIDA.
Não tenham vergonha e muito menos medo de procurarem ajuda, seja onde e como for.


Autoria: Isaleão.

sábado, 12 de março de 2011

Um pedido

Gostaria de pedir aos meus seguidores, que deixem comentários nos textos e sugestões, assim saberei a opinião de vocês e também se estou agradando...rsrs
Beijos a todos.

Autoria: Isaleão.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Onde você estava?

Esse ano completará cinco anos que você se foi, e, sinceramente, não sinto tanto a sua falta, quanto senti durante muito tempo enquanto você estava vivo. No início, eu me senti até um pouco estranha e até culpada por não sentir saudades de você, como sempre pensei que poderia sentir, mas no fundo, eu sempre soube por que me sentia assim. É como se você viesse morrendo aos poucos, ao longo dos anos, pois sempre estava distante, vivendo sua vida, viajando, sem querer lembrar que tinha dois filhos aqui, mesmo quando dizia que estava com saudades. Tivemos momentos felizes mas que diante de tantos "abandonos", tornaram-se insignificantes. Onde você, quando eu adoecia? Onde você estava quando eu sentia medo? Onde você estava quando eu estava feliz por ter conseguido "uma vitória"? Onde??? Você não parava perto de mim para perguntar: Filha, o que você tem? O que você quer? Você só parava perto de mim para me cobrar atitudes que eu não tinha condições de assumir, só parava perto de mim para falar de você e nunca para me ouvir. Foram anos e anos assim, era como se minha vida, meus desejos e sonhos não interessassem a você, e com certeza não interessavam. Por muitos e muitos anos eu não quis enxergar como era você de verdade, porque me contentava com as "migalhas" do seu carinho. Eu posso não ter sido a filha que você sonhou, a sua "linda princesinha", mas pode ter certeza que você também não foi o meu "herói", aquele que me protegeria de tudo e de todos. Graças a isso, e claro a outros fatores também, tornei-me uma pessoa insegura, imatura e até covarde frente à vida. Só eu sei o esforço que fiz e faço para me manter em pé. Quantas e quantas vezes brigamos, discutimos, com você jogando na minha cara minhas fraquezas, minhas incapacidades. É mais fácil, não é?Falar dos erros dos outros para encobrirmos os nossos. Isso mesmo, eu tive e tenho fraquezas e erros como todo mundo, mas tudo que sou, o ser humano que sou hoje, tem muito da educação, da influência e do exemplo que recebi. Se hoje tenho "medo" da vida, sou meio perdida, é graças à falta de orientação que não tive quando necessário. Hoje, pensando em muitas cobranças que você me fazia tenho vontade de gargalhar. Por que? Por que quem me cobrava, fez o que mesmo da própria vida? Viveu a vida corretamente? Trabalhando? Sustentando os filhos? Com uma vida estruturada? NÃO. Muito pelo contrário, não é? Não está sendo fácil escrever tudo isso para você, mas estou fazendo com a intenção de perdoá-lo por não me amar como eu merecia ser amada por você. Espero, sinceramente, conseguir perdoá-lo um dia. Enfim, apesar de tudo, espero que você esteja em um bom lugar e que tenha conseguido paz, já que não conseguiu tê-la em vida.
Fique em paz, Pai.


Autoria: Isaleao.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É errado se pensar assim...

Para algumas pessoas o fato de se ter uma deficiência é o bastante para que achem que não temos outros defeitos, mas isso é um absurdo. Somos humanos como os "ditos" normais, então além das deficiências: físicas, auditivas, mentais, temos os defeitos comuns a qualquer pessoa tais como: egoísmo, ciúmes, mentira, mau caratismo, ganância, etc...Não é porque uma mulher tem uma deficiência que não é invejosa, e não é porque um homem é deficiente que ele não pode ser mau-carater. É errado se pensar assim, mas também é errado, o deficiente querer usar a deficiência para encobrir seu verdadeiro "eu". Ah! como eu poderia fazer isso se sou deficiente e estou "preso" a uma cadeira de rodas? ou como pode pensar isso dela? coitadinha, ela é deficiente. Nós deficientes temos sim nossas "diferenças" mas isso só acontece no "campo" da deficiência, no resto somos iguais a todos, com direitos e deveres. Direito de sermos respeitados e o dever de respeitarmos o próximo.


Autoria: Isaleao

Terapia...

Outro dia estava em um chat (bate papo), que é um dos meus vícios, kkk e derrepente no meio de uma conversa com um homem, ele disse que estava com a auto-estima baixa, sentindo-se sozinho, carente e perdido, e não pensem que era um jovenzinho não, era um homem maduro que já passou dos 50 anos. É isso mesmo, um homem que na teoria já deveria estar seguro de si e da sua vida mas que, na prática não estava se sentindo nem um pouco seguro de nada. Ele me pediu ajuda para se sentir melhor, eu disse o que penso ser a melhor coisa para qualquer pessoa que se sinta assim fazer e perguntei: Porque não procura fazer terapia? Ele riu e disse que nunca tinha pensado nisso e que nunca disseram que ele precisava desse tipo de coisa. Aí, eu disse: Pense com carinho na possibilidade de procurar um psicólogo. Não sei se depois disso ele "caiu" ou saiu da sala de papo, talvez achando que sou doida...kkk. Infelizmente é o que a maioria das pessoas pensam. Que quem procura esse tipo de ajuda é doido, desequilibrado. Se todos ou pelo menos grande parte das pessoas tivesse um apoio desses durante a vida ou em uma fase da vida, acho que não teríamos tantas pessoas infelizes consigo mesmas, com suas vidas e com os outros.
Hoje, faço terapia pela segunda vez, e posso dizer que das duas vezes valeram a pena. Na primeira, consegui colocar certas questões em ordem e agora estou conseguindo colocar outras no lugar. Não vou falar que é fácil você remexer em coisas que você não tem nem consciência e que quando vem à tona te dá um nó interno que só com a continuidade do processo terapêutico para que consiga "digerir" tantas "novidades" a seu respeito. Eu procurei pela segunda vez esse tipo de ajuda não só para cuidar de novo da minha auto-estima que voltou a ficar abalada por questões emocionais/sentimentais ocorridas anos atrás, mas também para tentar descobrir o porquê de eu não ter interesse pela vida prática, para saber porque não consigo me interessar, me "apaixonar verdadeiramente" por nada. Eu ainda estou nesse processo de descoberta mas o que já tem sido levantado como possível causa garanto a vocês que não está sendo fácil de "trabalhar". Teria a ver com a separação de meus pais, o fato pode ter me atingido mais do que sempre pensei. Por me sentir abandonada por meu pai, inconscientemente não vi mais porque fazer nada para agradá-lo, já que perdi " meu herói", então perdi a vontade de ser "sua princesinha" e me fechei totalmente. Mas como isso ainda são suspeitas vou deixar quieto por enquanto ok. Vou falar do que já está descoberto, certo e definido. Perdi o medo de ficar só. Isso mesmo, não sou mais criança, mas desde a infância, a idéia de ficar só durante um dia que fosse, a idéia de dormir sozinha, então, me apavoravam, mas isso passou e isso pude comprovar passando uma semana só, pois minha mãe viajou e só pediu que uma prima minha e meu irmão viessem dormir comigo por medo que eu passasse mal e não conseguisse ligar para pedir socorro. O que importa é que passei os dias sozinha sem me sentir insegura em momento algum, cuidando de todos os detalhes do andamento da casa. Agora ela voltou, voltamos para nossa rotina mas com certeza não sou mais a mesma.


Obs: Para quem não tem condição financeira pode procurar faculdades de psicologia, associações e instituições ligadas à deficientes que o atendimento é gratuito ou com valor mínimo.


Autoria: Isaleao.