Quem me conhece sabe que, hoje, não levo ( ou não trago...rs) desaforos para casa.
Mas nem sempre foi assim. Já fui muito magoada, machucada emocionalmente falando desde a infância até a adolescência. Já tive colegas que riram de mim, professores que me cobravam além do que eu podia fazer. Mas, hoje, vou falar de uma colega em especial, que foi da minha sala por 4 anos. Não vou citar o nome dela, mas com certeza não vou esquecer nunca. Tudo começou com risinhos, coxixos, olhares atravessados, intrigas entre colegas, chegando a acusação de roubo de dinheiro de uma professora, ameaça de "porrada" nos corredores vazios no final da aula. Passei 4 anos tentando entender o porque de tanta implicância e, ao mesmo tempo, tendo que aprender a me "defender". Foi daí que comecei a aprender a responder a cada ato de implicância, a cada comentário maldoso a meu respeito. Não foi fácil, chorei muitas vezes sozinha, fechada em meu quarto ou embaixo do chuveiro, até começar a me fortalecer para revidar tudo aquilo.
Por que tanta implicância? Será que é porque eu era "diferente", porque ela tinha raiva do meu jeito de ser? Amiga e carinhosa com todos, eu era, graças a Deus, querida da diretora do colégio até o pessoal da faxina.
Era por tudo isso e por ciúmes dos rapazes da sala ( não, eu não sou poderosa e nem gostosa a ponto de tê-los aos meus pés...rs), mas como "brinco" sempre, não posso dizer que não encontro homens cavalheiros, pois, por minha condição física, sempre encontro aqueles, que abrem a porta para mim, ajeitam uma cadeira, cedem o lugar para eu sentar...kkk
E com aqueles rapazes não era diferente. Isso causou um enorme ciúme nela que estava acostumada a ser bajulada, cortejada o tempo todo. Tentei conversar, mostrar que não estava tirando a atenção dela, só precisava de um pouco de ajuda. Mas, hoje, eu até agradeço o que ela fez, pois além de me fortalecer emocionalmente, levou-me a parar para "estudar" como ser mais independente em certas situações, como: puxar uma cadeira usando o pé do andador, abrir uma porta encostando-me na parede ou fazer isso e outras coisas ajoelhada no chão.
Muito obrigada, colega.
Autoria: Isaleão.
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